sexta-feira, 12 de abril de 2019

MARCUSE


http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2359-07692016000100012&fbclid=IwAR0N4uSppE5pTnkpoic8ibfD5nv83ZXNP1PdLLk_HkiQu-TzK3JUNHNe3TI

A forma como a sociedade organizou o aparato tecnológico demostra seu caráter totalitário. Como afirma Marcuse (1978, p. 23), "uma falta de liberdade confortável, suave, razoável, democrática prevalece na civilização industrial desenvolvida, um testemunho do progresso técnico". A liberdade da fase inicial do capitalismo perdeu seu sentido lógico e conteúdo tradicional de forma que a sociedade pode exigir a aceitação de seus princípios em troca de um padrão de vida crescente, pois "parece fazer pouca diferença o ser a crescente satisfação das necessidades conseguida por um sistema totalitário ou não-totalitário" (Marcuse, 1978, p. 24).

Marcuse aponta para o conceito de falsas necessidades como a forma de guerra mais eficaz e resistente contra a libertação, pois atua de forma a perpetuar formas obsoletas de luta pela existência. As falsas necessidades são aquelas impostas ao indivíduo com o claro interesse de reprimi-lo, determinadas e condicionadas por forças exteriores sobre as quais o sujeito não tem controle algum. É através delas que a base para o consumo (elemento central do atual sistema econômico) é perpetuada em larga escala, pois sob seu jugo o sujeito é impedido até mesmo de decidir a cerca das suas reais necessidades (as necessárias para a manutenção básica da vida) e daquelas que são criadas com a intensão principal de perpetuar a sua servidão. Desta forma, toda a sua possibilidade de liberdade individual é resume-se ao consumo e identificação com as novas necessidades, incitando à fascinação irracional que gera o consumo máximo das mercadorias disponibilizadas pelo mercado.
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A tecnologia tem sido usada como instrumento da política destrutiva, uma política que prima pelo aprisionamento do indivíduo em formas repressivas de labuta. Uma redefinição qualitativa da tecnologia teria como meta a pacificação da luta pela existência. Com vistas a promover a melhoria qualitativa da vida, a razão seria "a direção do 'ataque ao ambiente' que resulta do impulso tríplice: 1) de viver, 2) de viver bem, 3) de viver melhor" (Marcuse, 1978, p. 211). Conforme Fernandes (2012), o tipo de revolução de que Marcuse fala é uma revolução libertadora, uma mudança da consciência dos indivíduos que só pode ser levada a cabo por forças não repressivas.
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Porém, para que surja esta nova consciência é preciso que se crie um âmbito diferente daquele da linguagem unidimensional da sociedade tecnológica, na qual as possibilidades de contestação da ordem sejam permitidas, "uma linguagem para definir e comunicar os novos 'valores'" (Marcuse, 1969, p.39). A negação radical da ordem existente corresponde cada vez mais à criação de uma linguagem peculiar e, neste sentido, o desenvolvimento de uma linguagem própria pelos grupos subculturais representa um instrumento tanto de contestação como de tomada de consciência.

O surgimento de uma nova sensibilidade, para Marcuse, pressuporia a mudança no emprego da ciência e da técnica, onde sua principal função em uma nova sociedade seria a de, em primeiro lugar, eliminar a exploração e a miséria em âmbito global. A consciência livre, guiada pela imaginação transformadora, conduziria uma nova prática em que a afirmação dos instintos de vida encontraria expressão racional no planejamento racional do tempo de trabalho socialmente necessário entre os vários ramos da produção, determinando assim prioridades de objetivos e seleções: não apenas o que se deve produzir, mas também a forma do produto (Marcuse, 1969).

A imaginação possui papel fundamental na redefinição da cultura, e tem por característica básica a contraposição à racionalidade científica moderna. Enquanto a primeira pode ser vista como matéria prima da arte e da transformação qualitativa, a segunda, em contrapartida, se caracteriza pela ênfase dada à quantificação e exatidão. Enquanto manifestação da sensualidade, a imaginação criadora da arte possui a capacidade de guiar uma racionalidade não-repressiva: "a imaginação entra em acordo com as noções cognitivas do entendimento, e esse acordo estabelece uma harmonia das faculdades mentais que é a resposta agradável à livre harmonia do objeto estético" (Marcuse, 1975, p.160). Desse modo, a imaginação livre característica da arte pode ser utilizada para a transformação da racionalidade instrumental, substanciando-se em uma racionalidade fundada essencialmente em Eros. Nesse caso, sua principal função será o desenvolvimento de uma ciência e tecnologia livres para realizar as potencialidades humanas na proteção e gozo da vida (Marcuse, 1969).
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A técnica poderia, então, devir da arte, e a arte tenderia a formar a realidade, invalidando a oposição entre imaginação e razão, baixas e altas faculdades, pensamento poético e científico. Para Marcuse (1969), encontra-se aí a possibilidade do surgimento de um novo princípio da realidade, não mais dependente das exigências do princípio do desempenho ou curvado sob a égide da mais-repressão. A não existência da sobre-repressão instintual possibilitaria a junção de uma nova sensibilidade a uma inteligência científica marcada pela necessidade de libertação. Essa racionalidade fundada em um Ethos estético teria na dimensão do belo, uma referência essencial na fundamentação da nova racionalidade. A beleza como poder de anular e imobilizar a violência, assim como no mito de Medusa, aquela que paralisa o agressor pela beleza.
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Conforme Fernandes (2012), a transformação do mundo pela forma estética pode ser entendida também como uma nova determinação da realidade, caracterizando-se pela junção da natureza e da liberdade. É nesse estágio que a arte pode contribuir para a transformação social, fornecendo as imagens para uma redefinição da realidade. Em um mundo regrado pelas leis de mercado e pela competição irrestrita, a dimensão estética poderia servir como uma espécie de calibrador para uma sociedade livre (Marcuse, 1969). Conforme Marcuse, as qualidades estéticas teriam como elemento inerente a qualidade de poder se constituir apenas a partir da luta contra aquelas instituições que negam o seu desenvolvimento. Ou seja, possuem como caráter básico o seu conteúdo social de negação.
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Porém, para que tal racionalidade surja é primeiro necessário fazer brotar nos explorados a consciência que lhes permita vislumbrar sua real condição, assim como as falsas necessidades que perpetuam sua dependência ao sistema. Segundo Marcuse (1969), tal ruptura só poderá ser resultado de uma educação política em ação, sem a qual qualquer revolução poderia se transformar em uma contrarrevolução. No esquema de redefinição da cultura proposto por Marcuse a educação tem papel essencial. Através dela seria criada uma esfera de resistência à dominação imposta pelo sistema econômico e positivista.
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Em um mundo onde o controle da subjetividade é mantido pela satisfação real das necessidades por um lado, e pela manipulação e administração massiva das falsas necessidades por outro, a educação seria um instrumento importante na luta contra as formas mutiladas de experiência e consciência fabricadas pelo establishment. Neste contexto, Marcuse aponta para o fato dos intelectuais, que embora não possam constituir o agente histórico da mudança, serem as bases sobre as quais deve partir a mudança (Marcuse, 1986), ou seja, os catalizadores dos processos de contestação e libertação da sociedade opulenta. Esse grupo torna-se de fundamental importância na medida em que a libertação exige dos homens uma nova consciência e sensibilidade, assim como novos valores, onde somente serão aptos a levá-la adiante os grupos sociais que, por sua posição privilegiada, podem atravessar o velo material da comunicação e do doutrinamento de massas.

No âmbito educacional, a educação para a autonomia intelectual e emocional seria mais do que um mero desafio em virtude de pressupor de antemão a violação de alguns dos tabus democráticos mais fortes, pois a atual democracia se esconde atrás de uma pseudodemocracia, mais importada em deter o desenvolvimento das necessidades sob o disfarce de desenvolvê-las (Marcuse, 1986). Isso significaria ir contra as tendências mais poderosas desta sociedade para que a verdadeira libertação do pensamento e da aprendizagem superem racionalmente os limites do status quo.

No ideário marcuseano, se os problemas da atual sociedade têm seu foco na concepção de razão inerente à ciência e ao progresso, uma redefinição guiada pelo ideário de valorização das esferas teóricas e transcendentes do pensamento, seria capaz de sustar a mudança qualitativa da razão na medida em que não se sacrifica frente ao empirismo e ao positivismo (Marcuse, 1986). Neste sentido, a ênfase voltar-se-ia para as ciências humanas, para a teoria "pura", a filosofia especulativa, etc. Pois, enquanto pensamento não-operativo, as humanidades representam um escopo teórico que têm como caraterística básica a oposição ao positivismo e, consequentemente, formam uma esfera antagônica à atual ciência instrumental.
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No ideário marcuseano, se os problemas da atual sociedade têm seu foco na concepção de razão inerente à ciência e ao progresso, uma redefinição guiada pelo ideário de valorização das esferas teóricas e transcendentes do pensamento, seria capaz de sustar a mudança qualitativa da razão na medida em que não se sacrifica frente ao empirismo e ao positivismo (Marcuse, 1986). Neste sentido, a ênfase voltar-se-ia para as ciências humanas, para a teoria "pura", a filosofia especulativa, etc. Pois, enquanto pensamento não-operativo, as humanidades representam um escopo teórico que têm como caraterística básica a oposição ao positivismo e, consequentemente, formam uma esfera antagônica à atual ciência instrumental.

Conforme Marcuse (1986), o aprendizado baseado nas premissas tecnicistas serve para cercar as raízes da autodeterminação da mente do sujeito, de forma que exige uma dissociação crítica do universo da experiência. O estudante é, assim, orientado a compreender as condições e possibilidades estabelecidas somente nos termos e nas condições dadas, sendo que seus pensamentos e ações ficam restringidos por um pragmatismo científico formado por uma experiência mutilada. Sem a crítica da experiência o estudante fica privado dos métodos e instrumentos que lhe permitem avaliar e compreender a sociedade e a cultura em seu conjunto, no interior do continuum histórico em que esta sociedade deforma e nega suas próprias possibilidade e promessas.

Neste caso, Marcuse atesta para o fato de que uma redefinição da cultura necessitaria também da criação de um refúgio intelectual onde a ciência teorética se veria livre das influências da racionalidade instrumental, onde a ênfase seria dada não mais à ciência instrumental, desejosa de resultados quantitativos, mas sim a métodos e conceitos capazes de superar os limites dos valores estabelecidos. Esta educação teria o poder de preparar o fundo espiritual para uma hierarquia qualitativamente diferente de valores e poder, somente sendo possível por parte de um governo desejoso e capaz de contestar a tendência política e a econômica dominante (Marcuse, 1986).
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A criação de novas necessidades, assim como a libertação instintual e o consequente surgimento de uma nova sensibilidade, na obra marcuseana é revestida pela ideia de uma educação estética que se converte em formação: construção de um pensamento crítico, que no contato com os elementos estéticos, fomenta uma práxis transformadora. Em um texto de 1967 intitulado A arte na sociedade unidimensional, Marcuse apresenta brevemente o motivo que o levou a se ocupar com o fenômeno da arte: "aconteceu por uma espécie de não-esperança ou desespero. Desespero ao perceber que toda a linguagem, toda a linguagem prosaica e particularmente a linguagem tradicional, de algum modo parece ter morrido" (Marcuse, 1982, p. 245, grifos do autor). Ela se tornou incapaz de comunicar as situações que se desenrolam frente a nossos olhos, assim como parece ter se tornado inteiramente obsoleta em relação às novas formas de protesto e recusa apresentados pela arte, principalmente pela busca surrealista em encontrar uma linguagem nova. Neste sentido, para Marcuse, somente a linguagem da arte parece ser livre, pura e verdadeira para expressar as verdades que não podem ser ditas livremente no mundo reificado das mercadorias; enfim, "a sobrevivência da arte pode vir a ser o único elo frágil que hoje conecta o presente com a esperança do futuro" 
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Conforme Marcuse (1986), a arte hoje deve também ser considerada como uma técnica, no sentido prático do termo, pois agora mais do que nunca, sua atividade é mais a de fazer e refazer coisas do que pintar quadros. Sendo assim, ela pode e deve ser considerada uma técnica, porém completamente oposta à atual concepção de tecnologia, ou seja, baseada no poder da imaginação e da estética, infinitamente mais humana, pronta para ser inserida como pilar mestre da transformação da moderna razão repressiva. É importante atestarmos que para Marcuse (1986) a dimensão estética não é fonte de transformação objetiva clara e rápida, ela apenas pode libertar a percepção e a sensibilidade necessárias para a transformação. A partir do momento em que uma real mudança houver ocorrido, a arte passa a guiar a construção de uma nova sociedade que, consequentemente, também implica no surgimento de uma nova racionalidade.
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 Conforme o filósofo, a subjetividade pode ser considerada em si mesma como política. Isto é, na medida em que a emancipação das condições dadas de vida e sua transcendência em direção de mais liberdade, alegria e tranquilidade são impulsos que constituem necessariamente a subjetividade, esta nada mais é do que um projeto interno dos indivíduos que introjetam e confrontam sua sociedade.

Focando na libertação subjetiva como base para a transformação da existência objetiva, a educação estética desponta na obra marcuseana como um fator de suma importância na redefinição da cultura estabelecida. Nela seriam dirigidos todos os esforços que visam a uma constituição da subjetividade livre e sensível, baseada na pureza e na força antagônica da racionalidade estética, pois "enquanto a arte preservar, com a promessa de felicidade, a memória dos objetivos inatingidos, pode encontrar, como uma 'ideia reguladora', na luta desesperada pela transformação do mundo" (Marcuse, 1977, p.75). Contra toda a reificação e dominação dos indivíduos pelas condições objetivas, a arte representa sobretudo o objetivo derradeiro de todas as revoluções: a liberdade e a felicidade do indivíduo.

quinta-feira, 4 de abril de 2019

EL BUDA EGOÍSTA o PRATYEKA BUDDHA

Não está de todo mal interpretado o assunto: tirando algumas críticas ressentidas, gostei até mesmo de seus ''equívocos de valoração''. Quanto menos se sabe sobre isso, na prática, mais inclinada se torna a pessoa a ''hierarquizações e classificações espúrias ''. 

K.M.

EL BUDA EGOÍSTA o PRATYEKA BUDDHA

Artist William Schimme

Al principio yo pensaba que era un requisito obligatorio el sacrificio personal por el beneficio de los otros (el altruismo) para poder evolucionar. Pero grande fue mi sorpresa descubrir a los “Budas egoístas” y saber que la Naturaleza recompensa a todo aquel que se esfuerza por evolucionar sin importar que esté cerrado su corazón.


« Los Pratyeka Buddhas son aquellos Bodhisattvas que se esfuerzan por alcanzar y frecuentemente alcanzan la vestidura Dharmakâya después de una serie de vidas. Sin importarles para nada las aflicciones y sufrimientos de la humanidad o cómo ayudarla, sino solamente su propia felicidad, ellos entran al Nirvana y desaparecen de la vista y de los corazones de los hombres. En el Buddhismo del Norte un Pratyeka Buddha es sinónimo de Egoísmo espiritual. »
(La Voz del Silencio, Nota 38 del Glosario; esta nota fue suprimida arbitrariamente por Besant, ver obra alterada de Blavatsky)


« Pratyeka Buddha es lo mismo que “Pasi-Buddha”. El Pratyeka Buddha es un grado que pertenece exclusivamente a la escuela Yogâchâra, sin embargo es únicamente un estado de desarrollo intelectual elevado sin verdadera espiritualidad. Es la letra muerta de las leyes del Yoga, en el que el intelecto y la comprensión desempeñan la parte más importante, aunados al estricto seguimiento de las reglas de desarrollo interior.

Es uno de los tres senderos al Nirvana, y el más bajo, en el cual un Yogî (sin un maestro y sin salvar a los demás) por la mera fuerza de su voluntad y por observancias técnicas, alcanza una especie de Buddheidad nominal individualmente; sin hacerle bien a nadie, sino solamente trabajando egoístamente por su propia salvación y solo para él mismo. Los Pratyekas son respetados externamente pero menospreciados internamente por aquellos que tienen una aguda sensibilidad espiritual.

Un Pratyeka es generalmente comparado a un “Khadga” o rinoceronte solitario y se le llama Ekashringa Rishi, un Rishi (santo) solitario y egoísta “Ya que cruza samsâra (el océano del nacimiento y la muerte, o la serie de encarnaciones) suprimiendo los errores y no obstante sin alcanzar la perfección absoluta, el Pratyeka Buddha es comparado con un caballo que cruza un río nadando, sin tocar fondo” (Sanskrit-Chinese Dictionary). Él se encuentra muy por abajo del verdadero “Buddha de Compasión”. Solamente se esfuerza por alcanzar Nirvana. »
(Theosophical Glossary, by H. P. Blavatsky, p261)


« (Sánscrito) Pratyeka está compuesto de dos palabras: Prati, prefijo preposicional significando “hacia” o “para”, y Eka, el número “uno”, por lo que podemos traducir el compuesto por la frase “cada quien para Sí mismo”.

El Pratyeka Buddha, el quien logra la buddheidad para Sí mismo, en lugar de sentir la llamada del todopoderoso amor para regresar y ayudar a aquellos que están más atrás, sigue avanzando hacia la luz suprema, desaparece del mundo y entra en el gozo indescriptible del nirvana, dejando a la humanidad atrás. Aunque divinizado, no se compara con la inefable sublimidad del Buda de Compasión.

El Pratyeka Buddha concentra sus energías en un solo objetivo: su propio avance espiritual. Él se eleva a la esfera espiritual de su propio ser interior, se envuelve en ella y por así decirlo, se va a dormir. El Buddha de Compasión se eleva al igual que el Buda Pratyeka, a la esfera espiritual de su propio ser interior, pero no se detiene allí, porque se expande continuamente, volviéndose Uno con Todo, o lo intenta y de hecho lo logra con el tiempo. Cuando el Pratyeka Buddha, a su debido tiempo, emerge del estado nirvánico con el fin de retomar su viaje evolutivo de nuevo, se encontrará lejos atrás del Buda de Compasión. »
(Occult Glossary by G. de Purucker)


« El Pratyeka-Buddha, el Buddha del Egoísmo – llamado “el rinoceronte” el animal solitario debido a su egoísmo espiritual – nunca puede pasar más allá del tercer plano [cósmico durante su meditación, ver sistema solar], el de Jîva. Alguien así, ha conquistado en verdad sus deseos materiales, pero no se ha liberado aún de sus anhelos mentales y espirituales. Es solamente el Buddha de Compasión que puede trascender este tercer plano macrocósmico. »
(Instrucción No. IV de la Sección Esotérica)

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Propiamente en el esoterismo, un Buddha es aquel que alcanza el grado más elevado que puede lograr en el desarrollo cósmico como humano (sospecho que como humano de la cuarta ronda), dándole derecho a entrar a Nirvana, donde desaparece de la Creación para experimentar una inmensa paz, felicidad y bienaventuranza incomprensible para el pensamiento humano.

Aquellos que entran a Nirvana sin importarles que la humanidad siga sufriendo atrás se vuelven Pratyekas Buddhas, mientras que aquellos que posponen el premio para ayudar a la humanidad se vuelven Buddhas de Compasión. (ver entrada a nirvana: Buddha egoísta vs Buddha de compasión)

Por extensión se les llama también Pratyekas Buddhas a aquellos que ya están avanzados en el sendero y que solo buscan alcanzar Nirvana sin ayudar a los demás a también evolucionar.

Observación

En las tradiciones orientales, el Pratyekabuddha (en sánscrito) o Paccekabuddha (en Pāli), que literalmente significa un Buda solitario, tiene un sentido diferente: es aquel que logra la iluminación por sí mismo, sin la necesidad de maestros o guías. Se dice que únicamente existen en eras donde no hay grandes Maestros y las enseñanzas sagradas (Dharma) se han perdido.